domingo, 22 de julho de 2007

Zapatistas culpam governo do México por agressões em Oaxaca


Foto> Praia Grande - SP by Crau

da Efe, na Cidade do México
O "subcomandante Marcos", líder do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), pediu à sociedade mexicana e estrangeira ações "urgentes" de denúncia da repressão do Estado contra povos como o de Oaxaca.
"Nós, zapatistas, solicitamos a nossos irmãos que se manifestem mediante ações urgentes contra o fascismo de Estado dos governos de Oaxaca e do México", disse o líder zapatista.
"Marcos" responsabilizou o governo federal e o do estado de Oaxaca, no sudeste do México, pelas agressões contra o povo, nesta segunda-feira, em Oaxaca.
Os professores e membros da Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca (APPO) enfrentaram violentamente a polícia estadual para impedir o festival tradicional da Guelaguetza. O distúrbio deixou um saldo de 50 feridos e 40 detidos, além de dez veículos incendiados.
A Guelaguetza é uma festividade na qual representantes das 16 etnias do Estado mostram seus costumes e tradições. Há um ano, a festa foi cancelada pelo boicote da APPO como parte das pressões para exigir a renúncia do governador Ulises Ruíz, acusado de reprimir seu movimento social.
O líder da guerrilha zapatista informou que, segundo seus dados, no confronto entre policiais e militantes da APPO houve 72 detidos e 70 feridos, um deles em estado grave.
"Responsabilizamos o sanguinário empresário Ulises Ruíz e o governo federal por estas agressões, e também por atentar contra uma manifestação", disse "Marcos".
Ele acrescentou que em 12 de julho três integrantes de uma comunidade indígena, pertencentes ao comitê pela defesa dos direitos humanos de Oaxaca, foram detidos e presos por "defenderem as garantias individuais dos presos políticos em uma prisão de Oaxaca".

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