domingo, 25 de fevereiro de 2007

Abaixo à Identidade das Flores!


Nós, flores de todas as espécies catalogadas arbitrariamente, bem como aquelas que permanecem livres de identificações artificiais vimos através deste manifesto exigir o seguinte:

1º > Que respeitem nossa liberdade para que tenhamos qualquer nome ou até mesmo nome nenhum, pois flores não tem identidade e sim sentimentos, beleza, magia e...

2º > Que todos os nomes dados até hoje para nós (sem o nosso devido consentimento, vale frisar!) sejam retirados tendo em vista a arbitrariedade destes cientistas pedantes, e assim as crianças possam simplesmente nos olhar e dizer: Esta é uma Flor!

3º > Que acabem com os cativeiros de todas nossas irmãs aprisionadas em laboratórios ou estufas, e as devolvam para seu habitat natural a fim de que retornem ao convívio de toda a nossa fauna e flora oferecidas pela Mãe Natureza.

4º > Que não sejamos mais mercantilizadas em datas pré-determinadas como Dia das Mães ou Namorados, pura invenção capitalista para aquecer o comércio. Flores nasceram para serem oferecidas ou roubadas e não compradas!

5º > Que se nossas reivindicações não forem atendidas iremos iniciar um processo de insurreição juntos com os companheiros espinhos e atingir todos aqueles que se recusem a reconhecer nossos devidos valores e encantos.

Cada Flor que nasce, são cem células [ou Pétalas] Livres e Selvagens que surgem!

F.L.O.R
Flores Libertárias Organizadas para a Revolução!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

O eterno dilema entre o masculino e o feminino


Temos atitudes machistas, percebemos e não mudamos. Queremos agir de uma maneira libertária quando estamos nos relacionando, mas continuamos mantendo/vivendo relações com práticas patriarcais.
Isto não é culpa dos libertários nem das libertárias, de homens nem mulheres. Li, certa vez, a letra de uma música feita por um amigo que em seu inicio dizia assim:
“A mulher que é submissa, que leva porrada, não reage, se cala, se iguala, ao machista bruto, estúpido e idiota”. Não vejo desta forma. Ela não se iguala ao machista quando se cala perante a violência, simplesmente porque esta cultura patriarcal está tão arraigada em nós, que ela vê como “normal” um homem agredi-la, a mulher não foi educada para reagir e quando digo educada, digo que a mulher não foi feita para gritar, dizer que o marido/companheiro a maltrata, a sociedade logo diz: “como pode, se ele é o companheiro dela?” Além do mais, as mulheres não têm auto-estima e pensam que não poderão ser felizes sem um homem do lado. Se nós temos um teor de questionamento apurado, e ainda agimos de maneira machista, imaginem @s burgueses, que não têm nenhum! Não podemos culpabilizar mulheres nem homens, pois é a cultura patriarcal que gera @s monstrinh@s.
Noto nas conversas com amigas libertárias aqui em João Pessoa que a existência de comportamentos machistas e consequentemente o estabelecimento de papéis de gênero ainda é tão presente na sociedade e por isso minha insistência em sempre tocar no assunto. Porque ele existe, acontece e incomoda. E é muito fácil para o homem apontar a mulher como culpada e dizer que ela sempre se faz de vitima, pois para ele, seja libertário ou não, as coisas são mais fáceis, reservando algumas diferenças. É fácil dizer que ela busca um príncipe encantado e por isso cai do castelo quando ele a deixa sozinha no bar e no outro dia nem a cumprimenta direito. Para o homem é muito fácil agir desta forma, pois ele conseguiu quebrar o laço com o sentimento, e as mulheres ainda estão fazendo isto.
Já ouvi um cara dizer que quando nós mulheres reclamamos demais ou até temos uma atitude raivosa, é porque estamos descontroladas, desesperadas e até histéricas!? Isto me remete ao século XVIII onde os senhores médicos nos taxavam com esta mesma palavra “histérica”, quando não suportávamos mais a opressão masculina e gritávamos pelas ruas, ou então enlouquecíamos, sendo colocadas imediatamente nos manicômios.
Inclusive, cabe colocar um dado sobre os manicômios: observem em suas cidades e vejam o número de mulheres e homens internos. O de mulheres é bem maior que o dos homens. E porque será?
Voltando ao assunto. Nem os homens nem as mulheres são culpados por agirmos de maneira machista, o patriarcado, a palavra, faz com que isto aconteça. Como diz a feminista, Rose Marie Muraro, em seu livro, A mulher no terceiro milênio, no capitulo que fala do patriarcado: “Através da palavra, a maternidade pode ser vista como uma grande força sagrada, ou como uma vulnerabilidade. Da mesma forma, o homem é percebido ou como um elemento marginal nas culturas matricêntricas ou como um macho dominador das culturas agrárias mais recentes”.
Mas, se temos consciência disso, porque não mudamos? Porque sempre fugimos, principalmente os homens, das discussões sobre machismo na cena punk? Porque sempre fragilizamos as mulheres, e porque não buscamos por si mesmos discutir tais temas? Porque nós mulheres nos calamos? Li no informativo do Coletivo Ideal Peres, Libera..., do Rio de Janeiro, uma entrevista com o grupo Mujeres Libres, da Espanha, em que elas diziam que quando falavam em uma mulher livre, os anarquistas próximos a elas sempre imaginavam uma mulher sem roupa, nua. Parei para analisar tal colocação e percebi que nas gigs punks, mulheres ficam mais livres (o próprio ambiente propicia isto) e os homens também e então os encontros amorosos acontecem. Mas, o que estes homens pensam destas mulheres livres? Que entre el@s pode haver sexo e de uma maneira “muito anarquista” pode-se ir embora e no outro dia se tratam friamente? E as suas companheiras, como são tratadas? Que uma mulher livre não tem sentimentos?
O que representa uma menina punk/libertária em uma gig punk ou em qualquer ambiente?
E com mulheres que são o oposto das mulheres livres, como agem? Se desejam um relacionamento livre, porque se casam/se juntam com mulheres que são o oposto das mulheres que eles cantam nas letras de músicas e em seus discursos em zines?
Nossos comportamentos talvez se expliquem devido a séculos de uma cultura patriarcal, que coloca o homem como dominador, a mulher como dominada, o que começou a acontecer após o enfraquecimento das sociedades agrárias e quando o homem começou a descobrir a sua função no ato sexual.
A mulher está ligada à natureza, diz a feminista Rose Marie Muraro, e esta natureza começou a ser dominada pelo homem, a partir do momento que o patriarcado começou a se solidificar. Mas, voltemos às mulheres livres. Porque os homens libertários desejam se relacionar com mulheres livres e, no entanto, fazem casamentos que beiram a tradicionalidade, com mulheres conservadoras e que castram nelas mesmas a própria felicidade? Porque as mulheres livres que questionam tudo isso metem medo? Seria por isso que as mulheres livres não encontram parceiros/companheiros, mas sim relacionamentos momentâneos porque os alternativos/punks/libertários ainda preferem relacionamentos tradicionais??
Talvez as respostas a estas perguntas não existam, ou como outro dia um anarquista disse “ninguém manda no coração”. Esta não seria uma explicação simplista demais? Ou talvez não existam respostas e se elas existem podem estar neste trecho do livro de Rose Marie Muraro, A mulher no terceiro milênio.
“Quando a cultura matricêntrica dá lugar ao patriarcado, rompem-se os laços de afeição que uniam mulheres às outras mulheres. Agora, é a mulher que quando se casa vai para a casa do marido. A partir da dominação econômica exercida sobre ela pelo marido e sua família, a mulher introjeta a sua inferioridade. E esta introjeção se traduz em dependência psicológica em relação ao homem em tendências masoquistas ( sentir prazer em humilhações e sofrimentos) frigidez e carência sexual. Enquanto as mulheres se dividem entre si, os homens continuam capazes de fazes alianças e muitas vezes de viver em grupos solidários, o que reforça então a sua superioridade construída sobre a divisão das mulheres. Quando se torna adulto, o homem já não é capaz de amar a mulher. Ele cinde o desejo sexual do afeto e, com isto, cinde também a imagem da mulher. De um lado a esposa, a santa, a sucessora da mãe, que pertence ao domínio do afeto. De outro a prostituta (a libertária, a punk, a alternativa) aquela que pertence ao domínio do prazer. Assim, o homem se divide para não se entregar, pois desde a infância aprendeu que entregar-se ao amor é ser castrado, e portanto, morrer, ser vencido. Cada um, pois, homem e mulher, assume o seu lugar no sistema patriarcal a partir do mais intimo de si mesmo, sem saber que são ambos fabricados para serem o combustível do sistema, vivendo papéis que este lhes destinou.”

E então, foram (in) felizes para sempre!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Homossexual agredido em São Paulo!

ALI tem 39 anos de idade, é filósofo, um estudioso da raça humana, professor de uma faculdade em São Paulo e, também, escritor. ALI é um cara tranqüilo, sereno, que ama a vida, ama seus amigos. ALI é uma pessoa muito pacífica, ao ponto de ser incapaz de fazer mal à uma mosca. No entanto, ALI tem uma particularidade, que o torna quase singular em comparação à maioria da população: ele é gay. Mas isso não faz dele menos ALI! Ele continua sendo o mesmo cara gente fina de sempre! A única diferença é que ele prefere, entre quatro paredes, estar com meninos ao invés de meninas. Algum mal nisso? Creio que não, já que cada um faz com sua vida particular o que bem entender desde que não prejudique a outrem. Isso é o que podemos chamar de RESPEITO pela diversidade. Todavia, em pleno século XXI, ainda tem gente que acha que os gays não são dignos de respeito... Madrugada de sábado, 11 de fevereiro de 2007, ALI estava voltando da rua para sua casa com alguns amigos, passando pela Rua da Consolação, nos Jardins - inquestionávelmente, o reduto gay da cidade de São Paulo - à 100m da Av. Paulista, quase na esquina da Alameda Santos, quando foi cruelmente atacado por um bando de mais ou menos dez caras, armados de cacos de garrafas em suas mãos. Os covardes em questão trajavam preto, como cavaleiros da morte, e traziam consigo todo o ódio do mundo. Por quê? Talvez porque não tenham a coragem que ALI tem de encarar a vida, talvez porque não tenham a inteligência e sensibilidade de ALI, ou talvez ainda, porque para eles deva ser divertido espancar um ser vivo até quase matá-lo. Apenas diversão para terminar bem a noite. Pobres desalmados! Pobre ALI... Vendo seu amigo sendo atacado, mais que rapidamente, seus companheiros se dirigiram a poucos passos de onde a agressão acontecia, onde havia uma guarita da Polícia Militar. No entanto, qual foi a supresa dos amigos de ALI ao descobrir que, sendo a polícia solicitada para ajudar, estes se omitiram perante à situação apresentada com a justificativa de que "aquela região não era sua jurisdição"! Que eficiência! Que humanidade!! Que presteza!!! Então, para a Polícia Militar ajudar ao cidadão em perigo, é necessário checar se este está na jurisdição na qual os mesmos policiais se encontram? O que faziam estes policiais ali, então, fora de sua jurisdição? Estavam "matando" trabalho? Ora, se cada policial tem sua jurisdição, onde estariam os policiais da jurisdição correspondente ao lugar onde o crime acontecia?? Não poderiam estes policiais que estão fora de sua jurisdição, comunicar-se via rádio com outros policiais que pudessem prestar socorro ao rapaz sendo covardemente espancado na calçada na frente de seus narizes? Se o dever dessas autoridades é defender o cidadão indefeso, como descrever o paradoxo desta situação?? Faltam-me palavras... Os amigos de ALI voltaram em seu socorro e o encontraram jogado, inconsciente, na calçada, com seu maxilar e seus dentes quebrados, com o corpo completamente ferido. Imediatamente, o levaram para o Hospital das Clínicas, onde a foto abaixo foi tirada. Não consigo decidir-me nessa triste saga qual foi a pior das partes: os rapazes covardes, e certamente desprovidos de coração, que espancaram ALI até quase matá-lo, ou os PMs omissos, que apenas assistiram a um homem sendo espancado, covardemente. Se vivemos num mundo onde a máxima da boa convivência é "Faça para os outros o que você gostaria que fizessem para você", as atitudes descritas acima me deixam num estado de confusão mental tão grande que mal consigo expor minha indignação nessas linhas. Felizmente, não estou me omitindo também diante de tamanha barbárie. Espero que alguma atitude seja tomada daqui para frente. Afinal, naquela madrugada sangrenta, ALI foi espancado por ser gay. Mas diante de um mundo tão violento, qualquer um poderia sofrer uma agressão como essa. Chega de gente que ainda acha que botar fogo em índio e espancar gays é diversão! Estou fazendo o que posso... Você, que está lendo esse relato, por favor, faça também o que estiver ao seu alcance.

Reflexões sobre a liberdade (A revolução da Alegria)


* Autor desconhecido
Liberdade! Eis uma palavra cheia de interpretações, das mais diversas.Tantos significados para um termo que todxs julgam ser tão simples, mas também usado para tantos propósitos, com sentidos tão distintos. Afinal o que é liberdade?Estranhamente essa pergunta parece deslocada e até inapropriada para Nós anarquistas, que usamos esse termo com tanta convicção, mas eu concluí que o questionamento era válido após muito observar as atitudes de muitxs de nós, inclusive a mim mesmo. Até onde nós acreditamos de fato na liberdade, como a praticamos, como trazemos a liberdade para nossas vidas e de fato tentamos ser livres?Eu sinto que falta algo.É claro, indivíduxs como nós e nós mesmxs, já preencheram toneladas de folhas de papel com teorias sobre as mais
diversas formas de opressões que existem e podem existir, e já puseram em prática.Todo tipo de ações, vivências e experiências para prova-las, e gerar formas de resistência viáveis, para resistir a todo tipo de opressão e na maior parte das vezes se provarem eficientes mesmo quando combatidas e por vezes derrotadas pelas mesmas diversas opressões,mas, ainda falta algo, algo que não está implícito em todas essas formas de revoluções sociais e coletivas, algo mais individual, além mesmo da atuação e produção do indivíduo, algo que está mais intrínseco nele, além da postura, que só existe no universo do pensar individual. Então é aí que eu pergunto: Você é Feliz?Eu sei, muitos dirão que é impossível ser realmente feliz dentro da Nossa realidade atual.Cercados e afundados na
miséria humana, coibidos por todo tipo de forças poderosas que existem apenas com o intuito de oprimir.É impossível ser feliz aqui, aliás seria egoísmo e ignorância se Considerar feliz em um mundo como este.Aqui só os Loucos são felizes.Pois então, das palavras de um louco diagnosticado e assumido, eu vosdigo: Eu sou feliz, e quero ser cada vez mais.Eu sei o quanto ilógico isso pode soar, mas, não me julgue e condene Antes de ouvir minha última apelação. Eu sei o quanto é
difícil ser felizsofrendo todas as intempéries do mundo, ainda mais compreendendo osmotivos por que as sofre.Isso enche o peito de qualquer um de amargura e faz parecer que qualquer forma de se distrair dessa dor com uma droga, de efeito rápido e breve, que apenas nos tira da realidade e nos leva a um lugar bonito dentro apenas da nossa mente, nos alienando pouco a pouco. Eu já senti isso também, mas foi observando isso que eu notei o quanto estávamos nos distanciando do nosso objetivo inicial.Sermos livres!!! Como se pode ser livre se tornando um escravo datristeza, sendo um servo da revolução e fazendo de nosso ideal uma novaforma de nos reprimir. Definitivamente, há algo errado aqui. Será a forma mais eficaz de revolta nos tornarmos cada vez mais amargos e repletos de ódio e assim acabar por afastar todas as pessoas que esperamos que nos entendam e vejam o mundo novo pelo qual lutamos, que só virá quando o construirmos juntxs.Todxs sabem que nosso modo de vida é falho e que o mundo em que
vivemosestá errado, mas ninguém irá querer participar de uma revolta quesacrifica conscientemente toda a alegria de nossas vidas, o livre gozoespontâneo dos momentos únicos e preciosos que vivemos, e segura-los para poder gozar só no mundo em que virá.Não é preciso entender uma únicavírgula sobre anarquia para poder entender que isso não é liberdade.Aliberdade não deve apenas
ser almejada, tem de ser praticada, a liberdade não é só o fim de nossa revolução, é o meio, é tudo.A opressão do sistema já castrou por demais à minha liberdade, mas, Ainda posso ser feliz, mesmo que raramente. Já me tiraram muito, de todas as formas, mas ainda me resta alguma alegria em viver e não vão me roubarisso também. Então aqui atesto um compromisso: Serei feliz até as últimas conseqüências!!!! Se querem me ver triste,sozinho e desolado então antesterão de me ver
morto. Defenderei cada sorriso, cada momento único e precioso da vida, cada livre gozo espontâneo, com todas as minhas forças, enquanto eu tiver forças pra encarar os desafios e adversidades da minha luta e da minha vida, e ser feliz. Aí então que surge meu projeto: A revolução da Alegria.Esse não é um projeto revolucionário comum, na verdade ele se aplica Mais à uma postura individual e por isso não inibe outras formas de inserção e revolta.O segredo não está no que,mas em como fazer.Disso listei alguns pontos principais, os outros, crie você.

1°-Pratique a LiberdadeExato, não basta apenas almejá-la, você tem que vivê-la. A revolução éagora e é praticando cada direito seu sem esperar que ele lhe sejapermitido e sem o aval de ninguém, que enfraquecemos a opressão. Oprincipal mecanismo da opressão, seja ela qual for, é nos deixarmosoprimir.E o maior dos direitos é
ser feliz, pois provém da realização de todos os outros, portanto se você consegue realizar o direito de serfeliz, você já ta realizando vários outros.Cada indivíduo submisso a menos deixa o sistema opressivo mais fraco, está tudo ligado.O mundo não é nada mais que uma porrada de indivíduos, não espere pelo mundo, seja livre agora e você estará ajudando a libertá-lo.

2°-Não se deixe abater,RESISTA!O Maior inimigo da pouca alegria que resta em nossas vidas, são asderrotas, experiências frustradas e o desânimo. Primeiramente errar énecessário(por mas que ninguém goste ). Ninguém nasce sabendo e é sótestando várias maneiras e fórmulas que chegaremos em algo que funciona.A alegria da sua vida é sua principal arma de resistência, toda alegria é contagiante por si só, permanecer disposto e de cabeça erguida após todas as adversidades é a mais difícil e
inegável prova de resistência, a única que ao invés de demolir qualquer projeto de revolução que passa por qualquer dificuldade, pode torna-lo mais forte, é foda mas, não desista nunca.

3°-Carpe Diem meu/minha carx.Aproveite bem a vida pois é isso que há de bom nela e é para isso Também que tanto lutamos, pelo direito de todxs poderem viver suas vidas livres, satifeitxs, em paz e
felizes o quanto quiserem. Está um dia lindo lá fora mesmo que o tempo esteja ruim e você precisa ir lá pra ver. Brinque, cante, dance, ria, ame e goze cada momento precioso. Muitxs dizem que esse é o grande paradoxo da revolução, como permanecermos felizes lutando todos os dias contra tantas formas de injustiça, como achar tempo e paciência pra ser feliz. Eu digo que não vale a pena lutar se não for para ser feliz e quanto ao tempo, esqueça o relógio, faça seu próprio tempo, a vida é curta mas há minutos preciosos que podem ser eternos.E por último, façamos um pequeno exercício, um autêntico atorevolucionário: SORRIA!Livre, livre sim mas livre como o
vento...

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

As sem razões do amor


Eu te amo porque te amo.

Não precisas ser amante,e nem sempre sabes sê-lo.

Eu te amo porque te amo.

Amor é estado de graça e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,é semeado no vento,na cachoeira, no eclipse.

Amor foge a dicionáriose a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo bastante ou amo demais a mim.

Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama.

Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte, e da morte vencedor,por mais que o matem (e matam)a cada instante de amor.

Drummond de Andrade