quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Reflexões sobre a liberdade (A revolução da Alegria)


* Autor desconhecido
Liberdade! Eis uma palavra cheia de interpretações, das mais diversas.Tantos significados para um termo que todxs julgam ser tão simples, mas também usado para tantos propósitos, com sentidos tão distintos. Afinal o que é liberdade?Estranhamente essa pergunta parece deslocada e até inapropriada para Nós anarquistas, que usamos esse termo com tanta convicção, mas eu concluí que o questionamento era válido após muito observar as atitudes de muitxs de nós, inclusive a mim mesmo. Até onde nós acreditamos de fato na liberdade, como a praticamos, como trazemos a liberdade para nossas vidas e de fato tentamos ser livres?Eu sinto que falta algo.É claro, indivíduxs como nós e nós mesmxs, já preencheram toneladas de folhas de papel com teorias sobre as mais
diversas formas de opressões que existem e podem existir, e já puseram em prática.Todo tipo de ações, vivências e experiências para prova-las, e gerar formas de resistência viáveis, para resistir a todo tipo de opressão e na maior parte das vezes se provarem eficientes mesmo quando combatidas e por vezes derrotadas pelas mesmas diversas opressões,mas, ainda falta algo, algo que não está implícito em todas essas formas de revoluções sociais e coletivas, algo mais individual, além mesmo da atuação e produção do indivíduo, algo que está mais intrínseco nele, além da postura, que só existe no universo do pensar individual. Então é aí que eu pergunto: Você é Feliz?Eu sei, muitos dirão que é impossível ser realmente feliz dentro da Nossa realidade atual.Cercados e afundados na
miséria humana, coibidos por todo tipo de forças poderosas que existem apenas com o intuito de oprimir.É impossível ser feliz aqui, aliás seria egoísmo e ignorância se Considerar feliz em um mundo como este.Aqui só os Loucos são felizes.Pois então, das palavras de um louco diagnosticado e assumido, eu vosdigo: Eu sou feliz, e quero ser cada vez mais.Eu sei o quanto ilógico isso pode soar, mas, não me julgue e condene Antes de ouvir minha última apelação. Eu sei o quanto é
difícil ser felizsofrendo todas as intempéries do mundo, ainda mais compreendendo osmotivos por que as sofre.Isso enche o peito de qualquer um de amargura e faz parecer que qualquer forma de se distrair dessa dor com uma droga, de efeito rápido e breve, que apenas nos tira da realidade e nos leva a um lugar bonito dentro apenas da nossa mente, nos alienando pouco a pouco. Eu já senti isso também, mas foi observando isso que eu notei o quanto estávamos nos distanciando do nosso objetivo inicial.Sermos livres!!! Como se pode ser livre se tornando um escravo datristeza, sendo um servo da revolução e fazendo de nosso ideal uma novaforma de nos reprimir. Definitivamente, há algo errado aqui. Será a forma mais eficaz de revolta nos tornarmos cada vez mais amargos e repletos de ódio e assim acabar por afastar todas as pessoas que esperamos que nos entendam e vejam o mundo novo pelo qual lutamos, que só virá quando o construirmos juntxs.Todxs sabem que nosso modo de vida é falho e que o mundo em que
vivemosestá errado, mas ninguém irá querer participar de uma revolta quesacrifica conscientemente toda a alegria de nossas vidas, o livre gozoespontâneo dos momentos únicos e preciosos que vivemos, e segura-los para poder gozar só no mundo em que virá.Não é preciso entender uma únicavírgula sobre anarquia para poder entender que isso não é liberdade.Aliberdade não deve apenas
ser almejada, tem de ser praticada, a liberdade não é só o fim de nossa revolução, é o meio, é tudo.A opressão do sistema já castrou por demais à minha liberdade, mas, Ainda posso ser feliz, mesmo que raramente. Já me tiraram muito, de todas as formas, mas ainda me resta alguma alegria em viver e não vão me roubarisso também. Então aqui atesto um compromisso: Serei feliz até as últimas conseqüências!!!! Se querem me ver triste,sozinho e desolado então antesterão de me ver
morto. Defenderei cada sorriso, cada momento único e precioso da vida, cada livre gozo espontâneo, com todas as minhas forças, enquanto eu tiver forças pra encarar os desafios e adversidades da minha luta e da minha vida, e ser feliz. Aí então que surge meu projeto: A revolução da Alegria.Esse não é um projeto revolucionário comum, na verdade ele se aplica Mais à uma postura individual e por isso não inibe outras formas de inserção e revolta.O segredo não está no que,mas em como fazer.Disso listei alguns pontos principais, os outros, crie você.

1°-Pratique a LiberdadeExato, não basta apenas almejá-la, você tem que vivê-la. A revolução éagora e é praticando cada direito seu sem esperar que ele lhe sejapermitido e sem o aval de ninguém, que enfraquecemos a opressão. Oprincipal mecanismo da opressão, seja ela qual for, é nos deixarmosoprimir.E o maior dos direitos é
ser feliz, pois provém da realização de todos os outros, portanto se você consegue realizar o direito de serfeliz, você já ta realizando vários outros.Cada indivíduo submisso a menos deixa o sistema opressivo mais fraco, está tudo ligado.O mundo não é nada mais que uma porrada de indivíduos, não espere pelo mundo, seja livre agora e você estará ajudando a libertá-lo.

2°-Não se deixe abater,RESISTA!O Maior inimigo da pouca alegria que resta em nossas vidas, são asderrotas, experiências frustradas e o desânimo. Primeiramente errar énecessário(por mas que ninguém goste ). Ninguém nasce sabendo e é sótestando várias maneiras e fórmulas que chegaremos em algo que funciona.A alegria da sua vida é sua principal arma de resistência, toda alegria é contagiante por si só, permanecer disposto e de cabeça erguida após todas as adversidades é a mais difícil e
inegável prova de resistência, a única que ao invés de demolir qualquer projeto de revolução que passa por qualquer dificuldade, pode torna-lo mais forte, é foda mas, não desista nunca.

3°-Carpe Diem meu/minha carx.Aproveite bem a vida pois é isso que há de bom nela e é para isso Também que tanto lutamos, pelo direito de todxs poderem viver suas vidas livres, satifeitxs, em paz e
felizes o quanto quiserem. Está um dia lindo lá fora mesmo que o tempo esteja ruim e você precisa ir lá pra ver. Brinque, cante, dance, ria, ame e goze cada momento precioso. Muitxs dizem que esse é o grande paradoxo da revolução, como permanecermos felizes lutando todos os dias contra tantas formas de injustiça, como achar tempo e paciência pra ser feliz. Eu digo que não vale a pena lutar se não for para ser feliz e quanto ao tempo, esqueça o relógio, faça seu próprio tempo, a vida é curta mas há minutos preciosos que podem ser eternos.E por último, façamos um pequeno exercício, um autêntico atorevolucionário: SORRIA!Livre, livre sim mas livre como o
vento...

Um comentário:

Unknown disse...

qué qué... esse rapaz eh muito simpático.... qué qué... e eu adoro milho... qué qué... e eu ando todo reboloso... qué qué...