quinta-feira, 8 de março de 2007

08 de Março



Movimento de Mulheres Camponesas: quem somos?

Somos mulheres camponesas: agricultoras, arrendatárias, meeiras, ribeirinhas, posseiras, bóias-frias, diaristas, parceiras, extrativistas, quebradeiras de côco, pescadoras artesanais, sem terra, assentadas... Mulheres índias, negras, descendentes de europeus, representantes de todos os estados do nosso país. Lutar sempre foi nossa condição. Desta forma, construímos nossos movimentos autônomos de mulheres. Em nossa trajetória, temos reafirmado a luta das mulheres pela igualdade de direitos e pelo fim de qualquer forma de violência praticada contra a mulher. Pertencemos à classe das trabalhadoras e trabalhadores, por isso, nos articulamos com o conjunto de entidades e movimentos da Classe Trabalhadora. Resistimos no campo às conseqüências econômicas, políticas, sociais e culturais do projeto neoliberal, que intensifica a exploração de trabalhadoras e trabalhadores, aumentando a violência e a discriminação contra as mulheres. A luta pela libertação das mulheres é tarefa de todos. Mas acreditamos que nós mulheres, somos as principais responsáveis por esta conquista. Mística e simbologia do MMC O nosso Movimento de Mulheres Camponesas é fruto de uma caminhada de luta pela libertação das mulheres que encontra suas raízes na luta popular. Neste sentido podemos afirmar que a Mística do MMC encontra sua razão de ser no desejo de justiça e felicidade que nos anima na luta, no trabalho de base. A terra, a água, o fogo e ar são elementos que dão significados à mística da vida. A mística nos leva a crer que quando os mulheres e homens se unirem na luta por justiça no Brasil haverá grandes mudanças sociais. Como mulheres camponesas, lutadoras, militantes e dirigentes de nosso Movimento, na alegria, na confraternização, devemos nos entusiasmar pela vida, pelo feminino, pela natureza. A mística deverá nos levar a reconstituir uma cultura humana que acolhe, transforme e cuide da vida e que, pouco a pouco vai se cristalizando na nova mulher lutadora. Assim sendo, trabalharemos uma mística: -de valorização e libertação da mulher camponesa; -de defesa da classe trabalhadora; -que leva o nosso movimento a apaixonar as mulheres pela causa da libertação, centrado no compromisso com a justiça, no compromisso com a vida dos pobres e no compromisso com a organização popular; -de luta contra exploração, contra violência, contra discriminação e dominação; -que desperta em nós a necessidade de lutar por nossa dignidade e nossos direitos; -que cria em nós a necessidade de organização e de autonomia; -que combate o machismo e desperta para a necessidade de construção de novas relações de igualdade; -que respeita nossa história de luta, nossa diversidade cultural, nossas experiências construídas e nossos símbolos regionais e nacionais. -de relação e de defesa da natureza, das sementes, biodiversidade... Esse conjunto de orientações de nossa mística serão expressados, vivenciados e construídos permanentemente nos diferentes momentos de nossas lutas, atividades e manifestações. Trabalharemos para que nossa identificação enquanto camponesas militantes do MMC, expresse a Mística que dá origem ao nosso Movimento e nos motiva na continuidade de nossas lutas. A ponto de que quando olharmos para uma mulher camponesa militante de nosso movimento, nela visualizamos o MMC! A nossa simbologia será expressa na Bandeira do MMC que deverá nos acompanhar em todas as atividades realizadas. A cor lilás, o chapéu de palha e o lenço lilás, que expressam a luta de resistência das mulheres trabalhadoras deverão estar presente em tudo àquilo que nos identifica.

3 comentários:

Indomáveiss disse...

08 DE MARÇO
DIA INTERNACIONAL DE LUTA
DAS MULHERES
E
M 1911, A 08 DE MARÇO, AS OPERÁRIAS DA FÁBRICA DE TECIDOS
“SHIRTWAIST”, DE NOVA IORQUE, ENTRARAM EM GREVE POR MELHORES
CONDIÇOES DE TRABALHO, REDUÇÃO DA CARGA HORÁRIA DE 16 H PARA
8 HORAS DIÁRIAS E TRATAMENTO DIGNO DAS MULHERES (O ASSÉDIO POR
PARTE DOS CAPATAZES ERA UM PRÁTICA COMUM AS OPERÁRIAS). DEVIDO
A REPRESSÃO POLICIAL, ELAS OCUPAMA FÁBRICA.
O PATRÃO SOLICITA EM REPRESÁLIA O FECHAMENTO DE TODAS AS
PORTAS E JANELAS E EM SEGUIDA, ATEOU-SE FOGO, MATANDO 140
MULHERES.
EM HOMENAGEM AS MULHERES BRUTALMENTE ASSASSINADAS, O DIA
08 DEMARÇOSE TORNOUUMMARCODE LUTA DAS MULHERES.
ATUALMENTE, COM JORNADA DUPLA DE TRABALHO, NO SERVIÇO E
EM CASA, AS MULHERES TÊM QUE LIDAR COM SITUAÇÕES DE
PRECONCEITO, DE MACHISMO, DE PREPOTÊNCIA POR PARTE DE
HOMENS EDUCADOS DE FORMA AUTORITÁRIA E TRUCULENTA.
MAS, COMO BRAVAS LUTADORAS, AS MULHERES ENFRENTAM ESSES
REVESES COM MUITA GARRA E AFINCO, MAS SOBRETUDO, COM
SENSIBILIDADE E CARINHO.
VIVA A LUTA DAS MULHERES E DE TODOS POR UM MUNDO MAIS JUSTO E
DIGNO.
NÚCLEO PRÓ-SINDICATO DE ARTES E OFÍCIOS VÁRIOS DE CAMPINAS -
SINDIVÁRIOS/CAMPINAS
WWW.SINDIVARIOSCPS. TK
FOSPCPS@RISEUP. NET

Indomáveiss disse...

SARAU
CMente d’ Phogo
APRESENTA:
8 de março – quinta-feira
HOMENAGEM À MULHER TRABALHADORA
EM SEU DIA INTERNACIONAL DE LUTA
PELA LIBERDADE E PELA IGUALDADE

PROGRAMA:
(Exposição de murais alusivos a data)

18 Hs: FILME (seguido de Debate):
LIBERTÁRIAS

20 Hs: SARAU ARTÍSTICO
(Poesia, Música, Dança, Teatro, Artes Plásticas, etc.)

LOCAL:
Escola Municipal SIEJA
Rua Cabo Estácio da Conceição 176(Saindo do Terminal Capelinha, atravessar a Estrada de Itapecerica e subir a Rua do Bradesco – duas quadras depois vem a Cabo Estácio)
Campo de Fora/Capão Redondo-Santo Amaro-SP/SP
Tel: 5816-3701

Iniciativa e Apoio:
SARAU “CMente d’Phogo” - Coletivo Educar Para a Paz – O COLETIVO LIBERTÁRIO -SINDIVÁRIOS- FOSP/COB- ACAT/AIT
Escola Municipal SIEJA

Contatos:
coletivoeducarparaa paz@yahoo. com.br
fospcobait@yahoo. co.uk

Indomáveiss disse...

As rosas golpearam as mudas do deserto verde e todas as fantasias de
desenvolvimento que nos vendia o agronegócio do reflorestamento. Sabotaram
com a memória e a rebeldia em lilás os negócios da Aracruz Celulose no
horto de Barra do Ribeiro.

Assim como Anita, as militantes anarquistas não refugam da luta,
encarnando as melhores tradições das lutadoras do povo.

8 de Março: quando a dignidade é peleia, as rosas vão a luta!

"Puño en alto mujeres del mundo
hacia horizontes preñados de luz,
por rutas ardientes,
adelante, adelante,
de cara a la luz."
Fragmento do Hino das Mujeres Libres


As jornadas de 8 de março dos últimos anos nos dão uma senha, nos marcam
um caminho emancipatório. Tirado das celebrações do consumo por onde o
poder mete os símbolos da classe trabalhadora, o 8 de março foi recuperado
para o terreno da ação direta e as personagens a que pertence. Na
madrugada do dia de março de 2006 cerca de mil e quinhentas mulheres
camponesas tomaram protagonismo e encarnaram a dignidade peleadora para
vingar o preço opressivo da monocultura. As rosas golpearam as mudas do
deserto verde e todas as fantasias de desenvolvimento que nos vendia o
agronegócio do reflorestamento. Sabotaram com a memória e a rebeldia em
lilás os negócios da Aracruz Celulose no horto de Barra do Ribeiro.

Somados os projetos da Aracruz, da Stora Enso e da Votorantim, cerca de
300 mil hectares serão tomados pela monocultura do eucalipto no Rio Grande
do Sul.

A Stora Enso teria concentrado mais de 100 mil hectares em um só ano, mais
terras do que todas as desapropriações que o Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra) fez no RS, nos últimos vinte anos.

Durante as eleições 2006 os grupos econômicos da celulose doaram cerca de
R$ 1,360 milhão para 75 candidatos a deputado e governador, com 21
deputados estaduais (do PP, PMDB, PSDB, PPS, PT e PDT) e 13 federais
eleitos (do PSB, PFL, PDT, PMDB, PSDB e PP).

A Aracruz Celulose recebeu nos últimos três anos 2 bilhões de reais no
mando de Lula e conta o BNDES como um de seus acionistas. Apoiados no
dinheiro público, os capitais da monocultura vão fazendo seus latifúndios
com a expulsão das comunidades indígenas, os quilombolas e os camponeses,
cortando empregos, produzindo para exportação, poluindo e se apoderando da
água.

O oprimido está sempre em legítima defesa nas lutas contra o poder
dominante. A expansão da celulose é a expansão da violência, da dominação
dos recursos naturais e da pobreza contra o qual os pobres fazem
resistência com táticas ofensivas. As mulheres trabalhadoras representam
nessas horas, a consciência de classe em voz alta, em punho forte, em
moral combativa, que não espera nada que não seja da própria classe, do
seu cordão solidário e a independência de critério com as autoridades e a
mídia burguesa.

Com a memória das lutas emancipatórias e a dignidade da Mulher
Trabalhadora começa mais uma jornada de 8 de março.

Contra o latifúndio, as transnacionais e os governos entreguistas de Lula
e Yeda. Reforma Agrária e Soberania Alimentar.

Direitos iguais para trabalho igual.

Fim do programa de controle de natalidade sobre mulheres pobres em Porto
Alegre.

Política de educação sexual e ampliação de rede de creches.

Contra o imperialismo: Nem Aqui Nem no Haiti. Fora Bush.

http://www.vermelhoenegro.org