domingo, 23 de setembro de 2007
O mundo continua uma palhaçada, ninguém quer saber mais de nada, vivemos jogando isso na cara, mais levantar a bunda que é bom: NADA!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fotos: Crau e Fe, Rio de Janeiro Set/2007
GRUPO DE PALHAÇOS ZOMBA DA FESTA DA ARACRUZ
Porto Alegre, 22 de setembro de 2007.
Com escárnio e diversão uma trupe de palhaços mostrou a ironia que significa a Aracruz fazer uma festa em comemoração ao Dia da Árvore. A manifestação marcava o dia 21 de setembro, Dia Internacional Contra as Monoculturas de Árvores e denunciou os danos provocados pelas grandes plantações de eucalipto e pelas fábricas de celulose. As faixas, pirulitos e mosquitinhos falavam das más conseqüências da expansão da empresa e seu projeto de produção de celulose em nosso estado. Em Guaíba, cidade vizinha a Porto Alegre, a corporação pretende quadruplicar seu tamanho.
As plantações também chamadas de desertos verde, por serem desertas de biodiversidade, se expandem pelo mundo causando êxodo rural, poluição e pobreza, motivo pelo qual em 2004 foi criado o Dia Internacional contra as Monoculturas de Árvores. A Aracruz tem longa história de danos ao ambiente e às populações nos estados do Espirito Santo, Bahia, e Minas Gerais, tendo sido condenada no ano de 2005 em julgamento pelo Tribunal Internacional dos Povos em Viena. Entre as acusações está a expulsão de populações indígenas e quilombolas e invasão de suas terras no Espírito Santo. No RS as comunidades indígenas e quilombola estão vendo suas terras sendo tomadas por eucaliptos.
No Rio Grande do Sul o deserto verde está sendo plantado principalmente no Pampa em proveito das empresas Aracruz, Stora Enso e Votorantim. Recentemente uma ação civil pública foi distribuída para Vara Ambiental da Justiça Federal de Porto Alegre/RS contra o Governo do Estado, Caixa RS, BNDES e Empresas para impedir a expansão desenfreada da monocultura de árvores e garantir a aplicação da legislação ambiental. Depois das plantações vem a construção das fábricas que tem sua produção de celulose voltada a exportação. Fábricas com porte de 1,8 milhões toneladas por ano, como pretende a Aracruz não são permitidas na Europa, que tem maiores restrições ambientais.
A organização do evento da Aracruz chamou a polícia para impedir os ativistas de manifestar opinião contrária à corporação. O evento era realizado na praça pública Comendador de Souza, no bairro Tristeza. Embora seja permitido a livre manifestação em espaços públicos, os manifestantes não puderam entrar no evento ficando restritos a sua periferia e na chuva. A manifestação mostra que não está tudo bem e não faz coro à música de Kleiton e Kledir e "deixa para lá" a invasão verde no RS. Os referidos artistas foram questionados por fazer show para a Aracruz, já que esta causa inúmeros danos sociais e ambientais.
Como alternativa aos danos ambientais, danos à saúde e forma de vida que as empresas de celulose pretendem instalar em nosso estado, os ativistas apontam outra forma de desenvolvimento que tenha como base a agroecologia e a biodiversidade. Ao invés dos grandes latifúndios de eucalipto a agricultura familiar e a agroindústria familiar com base na agroecologia que gera mais empregos, saúde e conserva o ambiente.
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