terça-feira, 15 de maio de 2007
Descendentes dos "escravos" negros reconquistam território no ES
POR UM MUNDO LIVRE E SELVAGEM
Esta noticia deve servir de estimulo para novas acoes de reconhecimento
dos territorios quilombolas.
A area citada foi onde ano passado teve uma acao para precionar o Incra
e a Aracruz. Vídeo da acao:
www.anarkopagina.org/noticias/CemiteriodeNegraos.html
Pelo ke parece ainda eh passivel de recurso ke a Aracruz e os
latifundiarios nunca deixam de realizar.
ainda existem outras areas do Norte do ES em poder do latifundio e da
Aracruz.
www.seculodiario.com.br - 15/05/2007
Descendentes dos escravos negros reconquistam território no ES
Ubervalter Coimbra
É oficial: as terras de Linharinho, em Conceição da Barra, voltam aos
descendentes
dos escravos negros, seus legítimos donos. O Instituto Nacional de
Colonização e
Reforma Agrária (Incra) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta
terça-feira
(15) a Portaria nº 78 que reconhece a região como "território da
Comunidade Remanescente de Quilombo Linharinho".
A Portaria é assinada pelo presidente do Incra, Rolf Hackbart, e foi
divulgada pela
Assessoria de Comunicação do Incra no Espírito Santo.
O Incra decidiu "reconhecer e declarar como território da Comunidade
Remanescente de
Quilombo Linharinho, a área de 9.542,57 hectares, situada no município
de
Conceição
da Barra, Estado do Espírito Santo, cujo perímetro de 55.735,02m,
acha-se
descrito
no memorial descritivo que acompanha a presente portaria", diz a
Portaria
no Artigo
1°.
A Portaria, datada de 14 de maio de 2007, já está em vigor. Somente 41
famílias de
descendentes dos escravos negros conseguiram resistir a ocupação das
terras de
Linharinho. A área está ocupada principalmente pela Aracruz Celulose,
por
fazendeiros e usineiros de açúcar.
Já houve ameaça de morte aos descendentes dos negros, que lutam há anos
para reconquistar seu território no Espírito Santo. Pesquisas
científicas
concluídas e já
entregues ao Incra para análise, confirmam que os quilombolas capixabas
têm direito
a um território com cerca de 50 mil hectares no Espírito Santo,
ocupados
por empresas e fazendeiros.
As pesquisas apontam que os negros foram forçados a abandonar suas
terras
em Sapê do
Norte, território formado por Conceição da Barra e São Mateus, onde
existiam centenas de comunidades na década de 70 e, hoje, restam 37.
Ainda
na década de 70,
pelo menos 12 mil famílias de quilombolas habitavam o norte do Estado.
Atualmente
resistem entre os eucaliptais, canaviais e pastos, cerca de 1,2 mil
famílias. Em
todo o Espírito Santo existem cerca de 100 comunidades quilombolas.
A Portaria A Portaria nº 78/2007 foi publicada nos
seguintes
termos: "O
presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária -
Incra,
no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso VII do art.
20,
da Estrutura Regimental, aprovada pelo Decreto no 5.735, de 27 de março
de
2006, combinado com o inciso XV, do art. 110, do Regimento Interno do
INCRA, aprovado pela Portaria/MDA/n° 69, de 19 de outubro de 2006, e
considerando o disposto no artigo 68 dos Atos das Disposições
Constitucionais Transitórias, bem como o contido nos Artigos 215 e 216,
todos da Constituição Federal de 1988 e, ainda, o Decreto nº 4.887, de
20
de novembro de 2003, a Convenção Internacional nº 169 da Organização
Internacional do Trabalho OIT; e as Instruções Normativas/INCRA nºs
16/2004 e 20/2005; considerando os termos do Relatório Técnico de
identificação e delimitação - RTID, relativo ao território da
Comunidade
Remanescente de Quilombo Linharinho, elaborado pela Comissão instituída
pela Ordem de Serviço nº INCRA/SR-20/ES nº 93/2004; considerando os
termos
da Ata da 7ª Reunião Extraordinária do Comitê de Decisão Regional -
CDR,
da Superintendência Regional do Incra no Estado do Maranhão, de
05/04/2007, que aprovou o citado Relatório Técnico; considerando, por
fim,
tudo o quanto mais consta dos autos do Processo Administrativo
INCRA/SR-20/ES nº 54340.000674/2004-14, resolve: Art. 1o- Reconhecer e
declarar como território da Comunidade Remanescente de Quilombo
Linharinho, a área de 9.542,57ha, situada no Município de Conceição da
Barra, Estado do Espírito Santo, cujo perímetro de 55.735,02m, acha-se
descrito no memorial descritivo que acompanha a presente portaria. Art.
2o- Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Rolf
Hackbart". Segue em anexo o memorial descritivo da área.
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Mocinhas.... se rebelem.........
São Paulo registra um caso de estupro a cada 4 horas
É cruel. Diariamente, de 10 a 12 mulheres - de todas as idades - dão entrada no Hospital Pérola Byington, na região central de São Paulo, vítimas de violência sexual. As estimativas mostram que três ou quatro casos são de estupro. A cada semana, pelo menos três mulheres que engravidaram após serem vítimas desse tipo de violência fazem aborto legal no hospital. Cerca de 40% das que são submetidas à cirurgia têm entre 10 e 17 anos, segundo dados da instituição.
Para especialistas, a realidade que não consta dos dados oficiais é muito pior. Oficialmente, ocorreram, em 2006, 2.560 estupros no Estado (1 a cada 4 horas), sendo 312 na capital, 236 na Grande São Paulo e os demais no interior, de acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública. Mas especialistas estimam que, para cada caso de violência conhecido, entre cinco e seis mulheres guardam segredo. "Só contei para minha melhor amiga e agora para você. Estou muito envergonhada, afinal já sou até avó. Também me sinto culpada porque justamente naquele dia estava usando um vestido preto curto. Só lembro daqueles olhos, que pareciam do demônio", contou Sônia (nome fictício), de 40 anos, violentada há dois meses. Com um estilete, o criminoso a dominou. Moradora em um bairro periférico da zona oeste, ela não consegue mais sair de casa.
Nos últimos anos, o número de mulheres violentadas tem se mantido estável. "Seria uma imprudência dizer que os casos estão aumentando", disse o médico Jefferson Drezett, coordenador do Serviço de Violência Sexual e Aborto Legal do Hospital Pérola Byington, que implantou o trabalho em 1994. Segundo ele, os números brasileiros não são piores ou melhores do que os de países como Colômbia, Canadá e México. Ele acrescenta que 24% das canadenses e 25% das americanas já tiveram algum tipo de contato sexual não consentido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Enviado por: Grito de Revolta das Mulheres Libertarias
CENTRO DE CULTURA SOCIAL
convida para
conferência:
ANARQUISMO, FEMINISMO, EROTISMO
+
lançamento do livro:
“ANARQUISMO E FEMINISMO NO BRASIL”, ED. ACHIAME (RJ).
com Margareth Rago, integrante do CCS, profa. titular no IFCH/UNICAMP, autora, entre outros, de “Entre a História e a Liberdade. Luce Fabbri e o Anarquismo Contemporâneo” (Unesp).
sábado, 19 de Maio de 2007, 16h00
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CINEMA E ANARQUIA: IMAGENS DE SUBVERSÃO E SUBVERSÕES DA IMAGEM.
Ciclo: MULHER, ABORTO E ANARCO-FEMINISMO - II:
"Conseguiste tua emancipação, mas não tua liberdade" (Coletivo Insubmiss@s - João Pessoa/PB).
"Bela Dona - Meninas na Cena Punk" (Anelise Csapo, 2004).
Debate: "Anarcofeminismo e pespectivas atuais de luta".
Relançamento das cartilhas "Mulheres Anarquistas: O Resgate de uma História Pouco Contada" (Coletivo Insubmiss@s e Imprensa Marginal).
Exposições.
domingo, 20 de Maio de 2007, 15h00
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Leitura prazerosa - Eduardo Galeano
Segue Abaixo dois textos do Eduardo Galeano, ele dará palestra no CCS dia 05/04 então quem tiver afim de uma olhada no site do CCS www.ccssp.org.br! E coloquei tambem esse fragmento abaixo do texto "o Império do Consumo" mais pra frente quem sabe agente coloque ele inteiro...
"...O consumidor exemplar desce do carro só para trabalhar e para assistir televisão. Sentado na frente da telinha, passa quatro horas por dia devorando comida plástica. Vence o lixo fantasiado de comida: essa indústria está conquistando os paladares do mundo e está demolindo as tradições da cozinha local. Os costumes do bom comer, que vêm de longe, contam, em alguns países, milhares de anos de refinamento e diversidade e constituem um patrimônio coletivo que, de algum modo, está nos fogões de todos e não apenas na mesa dos ricos. Essas tradições, esses sinais de identidade cultural, essas festas da vida, estão sendo esmagadas, de modo fulminante, pela imposição do saber químico e único: a globalização do hambúrguer, a ditadura do fast food..."
Linguagem e medo global - por Eduardo Galeano
Na era vitoriana, as calças não podiam ser mencionadas na presença de uma senhorita.
Hoje, não fica bem dizer certas coisas na presença da opinião pública. O capitalismo ostenta o nome artístico de economia de mercado, o imperialismo chama-se globalização.
As vítimas do imperialismo chamam-se países em vias de desenvolvimento, o que é como chamar de crianças aos anões.
O oportunismo chama-se pragmatismo, a traição chama-se realismo.
Os pobres chamam-se carentes, ou carenciados, ou pessoas de escassos recursos.
A expulsão das crianças pobres do sistema educativo é conhecida sob o nome de deserção escolar.
O direito do patrão a despedir o operário sem indenização nem explicação chama-se flexibilização do mercado laboral.
A linguagem oficial reconhece os direitos das mulheres entre os direitos das minorias, como se a metade masculina da humanidade fosse a maioria.
Ao invés de ditadura militar, diz-se processo.
Quadro de Fernando Botero.
As torturas chamam-se pressões ilegais, ou também pressões físicas e psicológicas.
Quando os ladrões são de boa família, não são ladrões e sim cleptômanos.
O saqueio dos fundos públicos pelos políticos corruptos responde pelo nome de enriquecimento ilícito.
Chamam-se acidentes os crimes cometidos pelos automóveis.
Para dizer cegos, diz-se não visuais, um negro é um homem de cor.
Onde se diz longa e penosa enfermidade deve-se ler cancro ou SIDA.
Doença repentina significa enfarte, nunca se diz morte e sim desaparecimento físico.
Tão pouco são mortos os seres humanos aniquilados nas operações militares.
Os mortos em batalha são baixas, e as de civis que a acompanham são danos colaterais.
Em 1995, aquando das explosões nucleares da França no Pacífico Sul, o embaixador francês na Nova Zelândia declarou: "Não me agrada essa palavra bomba, não são bombas. São artefactos que explodem".
Chamam-se "Conviver" alguns dos bandos que assassinam pessoas na Colômbia, à sombra da proteção militar.
Dignidade era o nome de um dos campos de concentração da ditadura chilena e Liberdade a maior prisão da ditadura uruguaia.
Chama-se Paz e Justiça o grupo paramilitar que, em 1997, metralhou pelas costas quarenta e cinco camponeses, quase todos mulheres e crianças, no momento em que rezavam numa igreja da aldeia de Acteal, em Chiapas.
O medo global
Os que trabalham têm medo de perder o trabalho.
Os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho.
Quem não tem medo da fome, tem medo da comida.
Os automobilistas têm medo de caminhar e os peões têm medo de ser atropelados.
A democracia tem medo de recordar e a linguagem tem medo de dizer.
Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo da falta de armas.
É o tempo do medo.
Medo da mulher à violência do homem e medo do homem à mulher sem medo.
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